segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Questionamentos provenientes da raiva!!

Outro dia estava extremamente puta com a vida. Descobri que andaram falando umas coisas ao meu respeito. Tá, eu sempre soube que há fofocas, mas mesmo assim não me acostumo e me assusto com o pouco que ouço. Essas pessoas (que não xingo por respeito a alguém. Mas, dá pra entender a ideia geral do xingamento..) felizes, me deixaram ruim mesmo...

Aí bateu a deprê e comecei a pensar em trezentas coisas. A ideia de escrever sobre isso culminou com a leitura de um texto que Martha leu pra mim. Ele é de Largace um famoso escritor de teatro.

"[...]todos estes anos que perdemos sem sair daqui, à espera (e nesse momento talvez me tenha rido outra vez de mim mesma, ao ver-me assim, ao imaginar-me assim, e rir-me assim de mim mesma deixou-me os olhos rasos de água, e tive medo de me afundar) todos estes anos que vivemos à espera e perdidas, a não fazer nada senão esperar e nada conseguir obter, nunca, e não ter outro objetivo senão este, e pensava, sim, neste mesmo dia, pensava no tempo que desde então podia ter passado longe daqui, a fugir, no tempo que podia ter passado numa outra vida, num outro mundo, no mundo que eu imagino[...]"


Sabe, esse texto é bem verdade mesmo. A gente tá sempre esperando por aquele momento que teoricamente vai mudar tudo que está ruim. Num passe de mágica mudaremos do inferno, limbo, ou qualquer nome que você queira dar para seu sofrimento, para um paraíso comandado por seus desejos.
Estamos esperando por um emprego melhor. Dispensamos um cara que pede para nos amar porque não se encaixa nos seus padrões. Um cara que poderia se mostrar maravilhoso, mas por não ter um certo atributo (normalmente relacionado a beleza) não nos satisfaz. Dispensamos uma caminhada noturna com o melhor amigo porque aquele cara pode ligar...

Então, esses momentos passam e nós sempre estamos esperando por algo. Não quero dar uma de guru auto-ajuda, mas creio que esses questionamentos são válidos. Sou um exemplo claro disso.

Fui criada por um avó maravilhosa. Mas, infelizmente, fui criada num sistema de sempre ter alguém que pode fazer algo por mim. As minhas motivações eram poucas e minha iniciativa atrás foi pouco trabalhada. Fui melhorando isso aos poucos, mas ainda não tô 100%. Às vezes, falta aquela tomada de atitude que vai mudar uma situação específica.

Tendo a pensar demais nisso. Fico cirando em minha cabeça situações. Exemplo: se preciso contar uma coisa importante para alguém minha imaginação voa solta - prevejo o que irei falar e como; como será a reação da pessoa; suas falas; e imagino todos os possíveis resultados da tal conversa, claro que o cenário preferido é sempre feliz, mas a gente não pode ter tudo....  Tá, é verdade que todos os seres humanos tendem a querer que tal situação aconteça de tal jeito para que não estrague certos planos, mas a neurose deve chegar até certo ponto...

Penso tanto que não ajo, então eu espero. Pergunto: qual é a hora de agir e a de pensar? Será certo ser impulsiva a maior parte do tempo ou a reflexão é o melhor remédio?? Qual é a hora certa de agir? Qual a hora certa de esperar??

Pode ser falado que você saberá na hora, mas, acreditem, eu nunca sei... Devo perder oportunidades de ou ficar quieta ou falar. Sei que deve existir um equilíbrio, porém a falta de costume faz com que esse senso não exista...

Se alguém tiver ideia de como mudar isso me avisa, ok?! É sempre bom crescer e melhorar umas
áreas meio obscuras no nosso ser....

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